Acessibilidade: para todos.

As cidades são as nossas casas, onde trabalhamos, amamos, utilizamos nosso tempo livre para relaxar, enfim vivemos. Mas será que essa nossa morada é de todos? Podemos ir e vir em todos os lugares?
Nas cidades temos pessoas de todos os gêneros e condições físicas, portanto andar na rua nem sempre é fácil. Quem não conhece uma pessoa idosa que já não caiu enquanto andava no passeio? Quem nunca teve que fazer malabarismos corporais para poder passar por uma calçada toda desnivelada, com degraus rachados e piso escorregadio? A questão da acessibilidade vai muito além do cadeirante. A questão perpassa pelo obeso, pessoas com mobilidade reduzida, crianças e idosos. Temos o dever de discutir e aplicar acessibilidade de maneira ampla, já que daqui a 15 anos teremos mais pessoas idosas do que jovens em nossas cidades. Nossos Pais velhinhos serão maioria.
A desculpa que nossa topografia é a nossa vilã é furada. Veja por exemplo os projetos mais recentes do arquiteto João da Gama Filgueiras Lima o conhecido lelé que propôs elevadores inclinados para projetos habitacionais em áreas de encosta com grandes declividades. Hoje a tecnologia nos dá umas ferramentas. Mas acredito que a acessibilidade pode ser resolvida de maneira simples.
Primeiro, priorizar a rua e fazer com que a calçada seja algo constante e livre de obstáculos e degraus. No passado o comum era depois que realizado a implantação de uma casa numa rua com alta declividade era empurrar a diferença de nível para a calçada, o que gera degraus muitas vezes instransponíveis.
Segundo, sem a arborização nossas cidades se tornaram tão quentes que é preciso ter árvores para o bem estar das pessoas, no entanto é preciso que haja espaço para ter uma árvore e que outra pessoa passe tranquilamente. Além do espaço, a espécie da árvore deve ser escolhida com cuidado para que as raízes não quebrem o passeio.
Terceiro, são as características técnicas dos pisos das calçadas no que se refere à abrasão, resistência de impacto e porosidade, afinal pisos muito lisos escorregam facilmente na chuva. Por fim, é preciso ter noção e respeito com nossas cidades e todas as pessoas que vivam nela.
A cidade é um lugar para ser usado, portanto andar na rua é uma premissa para o sucesso dela, através das ruas que chegaremos às praças e parques que são de todos assim como os caminhos que levam a eles.
Fonte: imagem do Ministério da Saúde
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Rogério Guimarães Misk Filho é estudante de Arquitetura e Urbanismo da PUC/Minas, super ativo, empreendedor, questionador, gente boa e consciente.
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